Saindo da Rotina

Grade esportiva televisiva, cada vez mais frívola e maçadora.

Era domingo, 26 de agosto de 2012, o relógio de parede na sala batia dezanove horas e trinta minutos.

 Depois de acompanhar mais uma rodada do Campeonato Brasileiro, estava deitado no sofá; Confesso que havia cochilado, desde o fim da transmissão dos jogos das quatro.

 Com a televisão ligada, busquei ainda deitado, noticias sobre os clássicos das seis da tarde.

  

 Em vão.

 Dei de cara com pífias mesas redondas, com fúteis telejornais, que esqueceram há tempo a verdadeira “missão do jornalismo”.

 Emissoras que deveriam ser formadoras de opiniões, exemplos de transparência e imparcialidade, são fontes de merchandising, de pura ação publicitaria, visando o lucro.

 Comentaristas, e apresentadores totalmente leigos nos assuntos comentados, sem preparo intelectual para tal função.

 “Jornalistas” que buscam no barraco, nas “discussões acaloradas”, a audiência, o topo do IBOPE. Palhaços.

 Ferem o respeito para com a profissão.

 Falar por falar; falar besteira para fazer barulho, para demonstrar uma eficiência profissional, completamente inexistente.

 Tentei trocar de canal;

Mais uma decepção.

 Sem falar que no pula-pula de canais, ainda passei por um adestrador de cães, um chefe ensinando a fazer comida light e um programa de auditório com grau de cultura zero. Demonstrando que a falta de opção na televisão não é só na área esportiva.

Fico triste pela decadência de nossa grade de televisão, decadência da qualidade, e muitas vezes do caráter de nossos profissionais.

Poderia, abaixo postar vídeos mostrando alguns "barracos" da grade esportiva, mas seria mais uma fonte de mídia, para esses profissionais despreparados.

Pelo visto, infelizmente, para muitos esse tipo de jornalismo está dando lucro.

Enganadores de si mesmo.