Tomei banho, sentei na frente do computador, e comecei a acessar os principais portais de comunicação do país, atrás de novidades, fatos curiosos, etc.
Deparei-me
lendo uma publicação do UOL, sobre aquela judoca árabe, que lutou sem o véu em
Londres e por isso fez história, isso já era uma hora e seis minutos da manhã.
Lembrei-me então de um fato parecido ocorrido em Pequim
2008.
Em 2008, Samia Yusuf Omar, então com 17 anos,
comoveu o público no estádio Olímpico de Pequim ao cruzar sozinha a linha de
chegada com 10 segundos de atraso em relação à penúltima colocada de sua prova,
eternizando o momento como um dos mais marcantes daquela edição dos Jogos
Olímpicos.
A somali, corredora dos 200metros livres, fez história
por correr, em uma Olimpíada, sem nenhum, repito nenhum apoio do governo de seu
país, que acreditava que uma mulher jamais poderia representar bem sua nação.
Governo hipócrita e machista.
Só mais um exemplo da "imbecilidade" humana.
Samia chegou em último em sua bateria, mas que se
dane o resultado.
Fui pesquisar, por onde andava Samia, se continuava
correndo, se teria participado das Olimpíadas de Londres, cuja qual, confesso
que não acompanhei muito...
Espantei-me...
Deparei-me com uma publicação do Yahoo!, que
anunciava a morte dela...
Abaixo um trecho da publicação do portal Yahoo!
“Para a Olímpiada de 2012, Samia passou a treinar na
Etiópia com Eshetu Tura, medalha de bronze nos 3000m com barreiras na Olimpíada
de Moscou, em 1980. Buscando melhores condições de treinamento, a somali tentou
chegar à Itália, viagem que acabou causando sua morte.”
Sim, Samia, morreu em 2011, em um barco clandestino,
que tinha como ponto de chegada a Itália, onde a somali, ignorada pelo seu
governo, tentaria aperfeiçoar sua técnica, em busca de um feito maior em
Londres.
O barco onde estava naufragou, junto com seu sonho,
foi a sua vida...
Triste e lamentável...
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