Eram duas da tarde,
depois de mais um dia de serviço, o relógio mostrará, tudo o que eu queria ver:
era hora de ir pra casa.
Em meio a despedidas e
desejos de bom serviço, coisa que o “coleguismo” nos obriga á fazer, corri os
olhos na televisão.
Lá no alto visualizei
um jogo disputado, mas o alto grau de miopia, não deixavam-me ver o placar.
-Pô cadê meus óculos?
Pior coisa para um
míope é achar o seu óculos, quando você está sem ele; Como vê-lo se é ele que
te faz ver?
O jogo estava dois á
dois em sets e no quinto a seleção Russa vencia por 12 á 11, se eu não me
engano.
A Rússia começou a
virar bola e abrir Match Point, foi quando surgiu Scheila, que cravava do outro
lado tudo o que via na frente.
Elas eram gigantes,
Gigantes, habilidosas e competentes.
O peito batia mais
forte a cada recepção de bola bem realizada pelas carrascas da seleção, um certo temor e receio a quem nos
últimos oito anos eliminaram a Seleção brasileira de Atenas 2004, Mundial 06 e
Mundial 10.
No fundo, ainda
impacientes, colegas e clientes ainda indagaram pelo jogo da Seleção Brasileira
de Futebol?
País do Futebol, masculino...
Estava 19 a 18 para a
Rússia, o Brasil já sentira o peso de mais de cinco “Pontos do Jogo” para a
seleção adversária.
Cinco jogadas com
possibilidade de erro, zero.
Depois de Scheila
quebrar cinco Match Points russos, Fernanda Garay foi para o saque e desmontou
o psicológico das gigantes.
Em um saque perfeito, Garay virou o jogo para
vinte a dezanove. “Ace”.
No último, Garay
quebrou a recepção russa, e na volta, Fabiana cortou e definiu a vitória
brasileira e a vaga na semifinal Olímpica.
Confesso que no meio de
colegas e clientes, reencontrei a emoção no esporte. Vibrei e torci junto com
uma seleção brasileira, depois de seis anos, a última vez havia sido na Copa do
Mundo de Futebol Masculino, em 2006, contra a França.
A vitória das nossas meninas, trazia em cada
rosto a emoção de fazer história. Foi um nó, que saiu da garganta de grande
parte dos 190 milhões de brasileiros.
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