Por Fernando Olivieri / Blog da Redação Yahoo

Armstrong perdeu tudo que
construiu. Seus títulos foram revogados, foi banido do esporte e tem de
devolver todos os prêmios que ganhou. O dinheiro que o ciclista fez, não terá
tanto problemas para pagar o que deve as federações e comitê olímpico. Porém, para
entender tudo o que o americano fez, é preciso voltar ao início da sua
história. Todos que acompanham minimamente ciclismo, sabem o quanto o doping
assombra a categoria. Vários campeões já ficaram afastados por anos devido a
substâncias proibidas.
Quando Armstrong estava com 25
anos, no ano de 1996, descobriu ter câncer nos testículos. Beirou a morte.
Voltou em grande estilo. De 1999 a 2005 conquistou o Tour de France. Nesta
época, eu mal sabia quem era quem no ciclismo. Passei a acompanhar por causa da
história de superação de um americano que tinha um inegável carisma e todo ano
no mês de julho, estava em Paris, comemorando mais um título com uma taça de
champagne. Quem não usou as pulseiras que viraram moda na década inicial do
século XXI. Todos tinham o acessório que vinha com a inscrição ‘Livestrong’
(nome da fundação de Lance). Porém, desde que o mundo é mundo, boatos cercam
pessoas de sucesso. Com Armstrong não era diferente. Vez ou outra, um
companheiro que deixava a equipe, acusava o americano de se dopar para
conquistar resultados. Logo, o ciclista apresentava exames e tudo voltava para
debaixo do tapete.
Em 2004, a primeira bomba.
Dois jornalista publicaram um livro contando os segredos de Armstrong. Ganharam
um imenso processo do ciclista. Quem ousaria duvidar do herói da nação
americana. Quem duvidaria da idoneidade de um mito esportivo mundial. Um ano
depois. Outra explosão na carreira. Seis amostras de urinas colidas em 1999
mostravam o uso de eritropoietina (EPO), hormônio muito usado por ciclistas
para melhorar o desempenho.
Por mais que ninguém acreditasse, era impossível ver
tudo isto passar e não pensar: Armstrong realmente é um atleta limpo? Os anos
passavam e ex-companheiros, jornalistas e até membros de outras equipes eram
claros: ‘Lance usava EPO e outras substâncias ilícitas’. Porém, o multicampeão
manteve mais sete anos da mentira. Em 2012, desistiu do seu processo contra a
Agência Anti-Doping dos Estados Unidos (USADA, em inglês). A entidade definiu o
sistema de melhora de desempenho do americano como um dos ‘mais sofisticados da
história’. O ciclista havia passado por muitos exames e nunca eram detectadas
alterações.

Parabéns pelo post. No meu blog "Deuses do Futebol" também comentei sobre o mal que esse trapaceiro fez ao esporte. Repúdio e desprezo é o mínimo que se pode conceder a quem roubou as emoções e a admiração de tantos fãs ao redor do planeta. Excelente o teu blog.
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